O início do fornecimento local do radiofármaco fluorodesoxiglicose, que auxiliará no tratamento de pacientes com doenças oncológicas, foi celebrado esta semana no Centro de Medicina Nuclear e Radioterapia, na Bolívia.
A produção de fluorodesoxiglicose – amplamente utilizada no diagnóstico médico por imagem, especificamente na tomografia por emissão de pósitrons – foi feita no Complexo de Produção de Radiofármacos, construído pela estatal russa Rosatom.
Além do embaixador da Rússia em Laz Paz, Mikhail Ledenev, o evento solene contou com a presença do presidente da Bolívia, Luis Arce.
“Este feito é um grande passo que estamos dando como país. Em primeiro lugar, porque temos este centro equipado com todas as infraestruturas modernas. O mais importante é que até agora estávamos importando medicamentos usados para detecção de câncer. A partir de hoje, graças a essa tecnologia, a Bolívia produz seu próprio medicamento”, destacou Arce.
🇷🇺🤝🏼🇧🇴 En Bolivia comenzó a funcionar el complejo de producción de radiofármacos construido por Rosatom
— Embajada de Rusia en Bolivia (@embrusboliviaes) March 11, 2023
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O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear de El Alto é um projeto inovador de iniciativa da Agência Boliviana de Energia Nuclear (ABEN) em cooperação com a JSC GSPI (parte da Rusatom Overseas).
O CNTRD, localizado a uma altitude de 4.100 metros acima do nível do mar, proporcionará ao sistema de saúde boliviano a possibilidade de ter produção própria de uma linha completa de radiofármacos destinados à pesquisa clínica em mais de 5.000 pacientes por ano.
(Hilo) En un hito histórico para #Bolivia, nuestro Complejo Ciclotrón Radiofarmacia Preclínica de #ElAlto inició la producción soberana de radiofármacos Fluorodesoxiglucosa - FDG para la atención de pacientes con cáncer en la Red de Centros de Medicina Nuclear y Radioterapia. pic.twitter.com/1wAZOWMfMn
— Luis Alberto Arce Catacora (Lucho Arce) (@LuchoXBolivia) March 8, 2023
A ideia é que os cidadãos da Bolívia possam realizar exames médicos de alta qualidade e em tempo hábil com a ajuda de medicamentos de medicina nuclear avançada, sem a necessidade de viajar ao exterior. No futuro, o complexo permitirá substituir totalmente o fornecimento de radiofármacos importados para a rede local de centros de medicina nuclear.
“Mais tarde, aos poucos, vamos produzindo radiofármacos mais especializados, que permitem não só detectar o câncer, mas também combatê-lo. Isso também permite à Bolívia cruzar fronteiras e fornecer essas drogas para outros países. Com esse avanço, a partir de hoje, a Bolívia entra em outra dimensão na luta contra o câncer”, arrematou o presidente.
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