A maioria dos roedores da família de spalacídeos, que são cegos, habitam a Europa Oriental e a Ásia. Na Rússia, vivem até em áreas de permafrost (solo permanentemente congelado).
Ilustração de 1837
SSPL/Getty ImagesDuas das cinco espécies de ratos-toupeira existentes vivem na Rússia: o maior (ou comum) e o gigante. Ambas as espécies são maiores que seus parentes: enquanto um pesa 700 gramas, o gigante pode chegar até um quilo. Isso é 10 vezes maior que uma toupeira média.
Os ratos-toupeira comuns vivem na região do Volga, no Cáucaso do Norte e nas estepes do sul da Rússia. Os gigantes são encontrados não apenas nesses lugares, mas também em áreas montanhosas dos Urais, incluindo áreas de permafrost. Alguns cientistas os distinguem como uma espécie separada de ratos-toupeira dos Urais
Ao observar o rato-toupeira, parece que ele acabou de fechar os olhos – mas não há olhos, embora haja um lugar onde eles poderiam ser colocados.
Fato é que ele não precisa de olhos, pois vive o tempo todo no subsolo, alimentando-se de raízes das plantas. Tudo o que precisa para viver são as orelhas externas, escondidas sob o pelo cinza, e os enormes dentes da frente, que ele usa para cavar e comer.
Imagine que essa fera passa praticamente toda a sua vida no subsolo, cavando buracos. Vivem individualmente e cada rato-toupeira cava não somente uma toca, mas todo um sistema de passagens subterrâneas ramificadas. Na maioria das vezes, seus buracos consistem em dois níveis; o superior tem 20 centímetros de profundidade; ali, os ratos-toupeira coletam alimentos e os trazem para os depósitos no nível inferior, a uma profundidade de até 4 metros. Em média, cada animal mantém até 10 quilos de reservas no inverno. Os buracos formados com essa escavação são chamados de ‘slepichini’.
Ratos-toupeira cegos ocasionalmente aparecem no solo. Às vezes, cães podem cavar suas tocas e então vem a surpresa ao encontrar um habitante desses no próprio jardim.
Imagine, porém, que uma população de até 20 ratos-toupeiras pode viver em apenas um hectare de terra, cada um cavando grandes passagens subterrâneas, com entradas e saídas. Eles geralmente não vivem em terrenos arados, pois evitam o barulho e as vibrações das máquinas agrícolas, mas podem se instalar em um jardim. Mas, neste caso, pode dizer adeus à colheita de batatas, cenouras, cebolas e até tulipas – porque eles vão comer tudo.
O rato-toupeira comum é, como diz o nome, uma espécie incrivelmente comum. Os jardineiros e paisagistas estão em constante batalha contra eles. Porém, esses ratos não têm medo de nada, exceto de ruídos; por isso usa-se dispositivos que emitem sons e vibrações.
Já o gigante, é raro inclusive na natureza e está listado no Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas. Não se deve, é claro, tentar pegar ou domá-los – sendo animais selvagens, eles não gostam de pessoas, podem morder e ser portadores de doenças perigosas.
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